sexta-feira, 2 de julho de 2010

Primeira criança da Nova Zelândia tratada com o seu próprio sangue umbilical

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Data: 2 de Dezembro de 2008

Uma menina de Auckland tornou-se na primeira Neo-Zelandeza a passar por um tratamento inovador, utilizando células estaminais do cordão umbilical para tratar lesões cerebrais resultantes do parto.

Maia Friedlander, de 4 anos, foi tratada com o seu próprio sangue umbilical na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, EUA, em Agosto de 2008 e os pais afirmam que os resultados vistos nas 12 semanas seguintes foram extraordinários.

O pai de Maia, Daniel Friedlander, disse que antes do tratamento, Maia tinha dificuldade em correr, mastigar e comunicar - apesar de ter até 6 horas de terapia por dia durante os últimos três anos.

"A falta de oxigénio provocou-lhe um atraso no desenvolvimento, o que significa que os seus progressos eram inconsistentes e lentos e deixavam-na frustrada, tal como a nós. Estávamos perante um cenário de terapia para o resto da sua vida, sem perspectivas de melhoras. Como tínhamos armazenado o seu sangue umbilical à nascença com o CordBank, fomos eligíveis para o programa de re-infusão na Universidade de Duke - chefiado pela Dra. Joanne Kurtzberg, uma oncologista pediátrica de renome. Apenas as crianças que tenham o seu sangue umbilical armazenado podem receber este tratamento", disse Daniel.

Desde 2003 que a Dra. Kurtzberg já fez re-infusões em 50 crianças com o seu próprio sangue umbilical, para tratar paralisia cerebral e lesões cerebrais. A primeira criança a receber o tratamento há 3 anos, o americano Ryan Schneider, está agora livre de qualquer problema e completamente saudável. Todas as outras crianças que receberam re-infusões para o tratamento de lesões cerebrais mostraram melhorias.

O sangue do cordão umbilical contém células estaminais especiais que apenas podem ser recolhidas à nascença. Como são 100% compatíveis com a pessoa de onde foram recolhidas, têm sido usadas com sucesso para "reiniciar" o sistema imunitário após tratamentos de cancro e são agora utilizadas para reparar lesões cerebrais e diabetes tipo 1.

Daniel diz que a re-infusão, que demorou 2 horas, "destrancou" totalmente a porta da personalidade e do desenvolvimento físico de Maia. "Apenas alguns dias após o procedimento, os seus olhos estavam mais alerta e perdeu o ar desfocado e ausente que sempre teve. Os seus braços e pernas começaram a endireitar-se e a sua coordenação motora melhorou".

Desde que regressou a casa, Maia continua a fazer progressos e já vai à escola 5 dias por semana. "Nem queríamos acreditar nas mudanças que ela teve. Maia agora fala, abraça-nos, brinca e levanta-se para arreliar a irmã - e nós não podíamos estar mais felizes. Maia teve uma segunda chance na vida e agora podemos ter a família com que sempre sonhámos".

"A ciência ainda não consegue explicar exactamente como isto funciona, mas há quem acredite que as células estaminais do cordão umbilical têm um "mapa" que as leva atá aos tecidos danificados e, uma vez lá, têm a capacidade de os "reconstruir". Todos sabemos que isso resultou para a Maia".

"Não podíamos estar mais agradecidos pela mudança dramática que isto teve nas nossas vidas e queremos garantir que outras famílias tenham a consciência de que podem preservar o sangue do cordão umbilical dos seus filhos à nascença".

Daniel conclui: "Nunca sabemos o que pode acontecer ao nossos filhos, mas quando armazenamos o seu sangue umbilical, temos opções - como a opção que tivémos para a Maia".

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